sexta-feira, 13 de junho de 2008

Amadurecimento no Trabalho

Demorei para retornar e isso causou um enorme acúmulo de assuntos. Acredito que este post será bem grande. Aviso para aqueles que estão dispostos a irem até o fim que deverão levar algum tempo por aqui. Enjoy it.

Começo cumprindo a promessa que havia feito em relação ao seguro saúde junto à GTA. O final da história é a seguinte: eles ficaram nos ligando todos os dias durante duas semanas seguidas dizendo que não estavam achando um dermatologista. Depois disso, falaram que nós teríamos que achar por nossa conta (???!!!) e por fim marcaram uma consulta com outro clínico geral (???!!!) que ainda por cima ficava longe de casa. Acabamos não retornando, pois já havíamos feito isso uma vez e nada adiantado. Nosso seguro acabou no domingo passado e agora iremos ser atendidos pelo convênio do trabalho e o OHIP. Resumo de nossa experiência. Se for para ser atendidos para uma besteira, eles funcionam bem. Porém, se for necessário algo mais "elaborado", será preciso paciência. Ainda bem que não era nada grave.

Esta semana um amigo chegou à Toronto e durante nossas conversas ouvimos vários comentários em relação a mudança de estratégias ou escolhas mais acertadas devido ao que havíamos escrito no blog. Isso foi muito gratificante, pois vimos que realmente além de ser um grande poço de bobagens, este espaço está ajudando aqueles que estão vindo para cá. O sonho do meu pai sempre foi ser palhaço em hospital e parece que mais uma vez estou seguindo seus passos. Estou passando mensagens bem humoradas para pessoas, digamos, doentes (no mínimo loucas) e isso me traz um retorno fantástico de satisfação pessoal. Diria que somos parte dos Imigrantes da Alegria.

Vamos ao que interessa. A continuação das minhas primeiras impressões e descobertas sobre a vida do imigrante trabalhador. A primeira semana é igual em todo lugar. Você precisa correr atrás de material de trabalho, crachá, notebook, telefone, contatos, etc. Essa fase serve para começarmos a nos ambientar com a dinâmica das empresas. Você é sempre o "new guy" (tem até um filme sobre isso) cuja tradução real seria "café com leite". Tudo que você fala, quando fala, é deixado em segundo plano, mas isso é normal. Na verdade você está ali mais para escutar do que para falar. A segunda semana foi esquisita para mim, pois algumas vezes senti que tive argumentos desconsiderados pela falta de fluência no inglês. Isso mesmo! Pensamos que ao encontrar emprego as coisas estão todas resolvidas, mas como sempre, vemos que apenas os desafios que mudaram. A questão da fluência do inglês me trouxe uma insegurança temporária e percebi que comecei a ficar mais introvertido. Quem me conhece não consegue imaginar isto ocorrendo. Dica importante: este sentimento é normal para quem chega aqui. Aliás, isso é normal para todos que mudam de emprego, mas por motivos óbvios, sentimos mais nesta situação. Fiz uma pesquisa rápida entre os amigos e pude atestar esta realidade. A insegurança durou uma semana e a medida que fui pegando mais responsabilidades percebi que realmente é apenas uma questão de adaptação.

Minha participação nas interações entre as equipes aumentaram e pude perceber que as pessoas são extremamente competentes. Muitas vezes ouvi no Brasil que todo brasileiro vai ser dar bem por aqui, pois somos um povo trabalhador, que seguramos qualquer barra e que gringo não é assim. Eu já ouvi diversas vezes pessoas dizendo a seguinte frase: "brasileiro no exterior janta todo mundo, pois tem uma visão bem ampla das coisas.". Eu acredito que ter visão ampla das coisas é uma grande habilidade, mas o que os brasileiros esquecem (claro que me coloco na lista) é que esta característica é muito importante para um mercado que a requer. Aqui as empresas não têm esta visão, pois o mercado quer que cada um tenha a sua atividade bem definida e que sejam muito bons no que fazem. O que isso influencia em nossa vida? Darei um exemplo prático. Indiquei um amigo para uma vaga de desenvolvedor numa empresa. Ele, assim como eu fazia, colocou todas as suas habilidades (.NET, Java, Delphi, etc). Falei com o empregador e o seu primeiro comentário foi: "estou procurando um programador para plataforma .Net, fale com seu amigo para limpar o CV e colocar só o que precisamos". Nossa visão no Brasil é "eles querem contratar o Robin, mas vou mostrar para o empregador que sou um super homem". A visão do empregador é "quero contratar um Robin, mas vou pedir um super-homem". Em outras palavras eles querem contratar o super homem com salário de Robin. Aqui, quando a vaga é para Robin, o Super Homem tem que se vestir de Batman's bitch para estar apto a participar do processo. :-) Essa é uma dica muito valiosa para todas as áreas.

Como eu trabalhava em multinacional, muitas vezes ficava doente com o fato de sempre ter que ter 15 pessoas numa reunião para poder resolver um assunto. Isso me ajudou, pois aqui é sempre assim. Você quer fazer um sanduíche de queijo com presunto? Tem que ter os profissionais do pão (o padeiro, o comprador e o cortador), os profissionais do queijo (o "escolhedor" de tipo e cada um dos especialistas nos diversos tipos), os profissionais do presunto (mesmo que o queijo), o coletor do pedido, o cliente e o empacotador do sanduíche. Para não entrar numa discussão sem fim sobre este tema, gostaria de lembrar que esta abordagem tem vantagens e desvantagens como tudo na vida. O problema é que quando estamos no Brasil vemos somente as desvantages, pois estamos num mercado mais "dinâmico", que precisa sempre das respostas para ontem, todos fazendo tudo e ninguém com responsabilidade alguma. Cachorro de dois donos, ou morre de fome ou "empanturrado". Assim, o profissional brasileiro sai para comprar os ingredientes e ele mesmo monta o sanduíche. Além disso, esse mesmo profissional tem que saber fazer hamburguer, misto quente, pizza na ciabatta, sanduíches árabes e alguns drinks elaborados, sendo este um grande diferencial. Aqui no Canadá cada um tem sua responsabilidade bem definida e é cobrado por isso. Isso abre vagas para todo mundo, independente de idade. Estes dias participei de uma reunião que tinham uns desenvolvedores de software contratados. Os meninos não tinham saído nem da frauda ainda. Com certeza eles aprenderam a desenvolver no computador das Meninas Super-Poderosas, Xuxa, sei lá. Porém, quando a reunião começou, era visível o nível de conhecimento deles. A estrutura montada por processos também ajuda muito no momento de encontrar os melhores caminhos e isso facilita principalmete àqueles que estão no início de carreira.

As reuniões são uma grande escola de inglês. Gostaria de colocar aqui algumas expressões que venho aprendendo neste período. Tenho certeza que será uma contribuição valiosa.
  • Ballpark. Tradução literal "A park or stadium in which ball games are played". Muito usado quando as pessoas procuram estimativas. Exemplo: I need these costs. Could you give me a ballpark?
  • Kind of thing, type of thing. Tradução literal "Tipo de coisa". Usado para estender as frases para que pareçam muito elaboradas ou complexas. Exemplo: "I will create a new style. It would be a tribute page kind of thing."
  • Pinching roses. Tradução literal Pinching "To squeeze between the thumb and a finger" and Roses... Usado quando querem dizer que a situação pode não ser das melhores, que necessita bastane cuidado para não se machucar. Exemplo: "If we choose this approach we will be pinching roses in the future."
  • Sufixo -ish. Tradução literal "The suffix -ish usually indicates approximation". Usado em tudo, normalmente quando a pessoa não quer usar "kind of thing" ou realmente para aproximação. Exemplo: What time will you travel? "8 ish!"
  • Just because. Tradução literal "apenas porque". Esse uso é interessante, pois normalmente necessitaria de uma complemento, mas quando é usado simples assim como uma resposta, indica mais ou menos "for no reason" ou "porque sim", "porque eu to mandando", "porque to afim". Exemplo: "Why are you doing that?" ..."Just because!"
  • The other way around. Tradução literal "with the order reversed" ou vice versa. Porém, já o vi ser usado numa situação curiosa quando uma pessoa queria dizer que outra não tinha a menor idéia do que estava acontecendo. Seria o famoso "Ou não" do Caetano Velozo. Exemplo: "This product X does this, this and that." Resposta sarcástica "Or the other way around"
  • Whatever. Esse não vou colocar tradução literal, pois existem várias, mas gostaria de comentar o uso mais interessante que vi. Ela é uma maravilha criada para você educadamente dizer à outra pessoa num tom sempre formal: "eu estou literalmente c...... para o que você acabou de me falar". Exemplo: Whatever!

Irei incluir mais palavras a esse dicionário a medida que for encontrando usos interessantes ou expressões.

Dica importante também aprendida no ambiente de trabalho. Quando forem contar uma história, seja ela positiva ou negativa, nunca comentem qual é a origem da pessoa. Isso pode passar a impressão que você tem a intensão de dizer que aquilo só ocorreu porque a origem da pessoa é X. Esta interpretação pode ser considerada harassment e te causar grandes problemas.

As aulas práticas diárias já fizeram meu inglês melhorar em um mês mais do que o ano passado inteiro. Agora não preciso usar mais o método "Domingo no parque do Silvio Santos" que consiste em dizer "YES" para qualquer coisa que não entende. Porém, não é qualquer yes, tem que passar credibilidade nas respostas, aprendi com o meu amigo Camila. O segredo é demonstrar sabedoria na resposta. Deve-se fazer uma cara de inteligente, pensar durante 2.3 segundos, apontar o dedo para algo relevante dentro do cenário e confiantemente responder... "YES". "A reserva que o senhor fez do carro expirou, assim o senhor poderá escolher entre o carro x ou y"....... "YES.

As viagens de metrô continuaram. Acabei de ler o livro Marley e Eu durante minhas viagens. Aliás, ainda bem que o penúltimo capítulo eu estava em casa, senão passaria vergonha no meio da rua. Comecei então a ler o outro livro que havia comprado "No Country for an Old Man". Minha nossa! Que livro chato! Eu não consegui passar da vigésima página. A linguagem é muito rebuscada e a forma do autor escrever é chata. Tudo ele descreve dizendo que "o céu estava azul e o vento batendo e as nuvens pairando e o chão fervendo e as árvores"..... Chega! Será que ele não sabe usar vírgula? Resolvi então prestar atenção no livro que as outras pessoas lêem, assim poderia achar algo interessante para adotar como próxima leitura. Alguém já fez isso? Eu recomendo! É uma atividade bem interessante e sempre há livros que não combinam com o perfil das pessoas. Você fica imaginando qual foi o trauma que as pessoas tiveram para encarar aqueles títulos (Vou ser sincero! Perdi o papelzinho onde anotei alguns comenários e não conseguirei fazer as piadas, pois já faz um tempo. Ficarei devendo). Minha estratégia era ficar com um papel (que perdi) e caneta na mão e anotar todo livro que via. Depois procurava na internet para ver o que me agradava. Durante uma dessas viagens eu estava sentado nas cadeiras voltadas para o centro do vagão. À minha frente, do outro lado, havia um senhor lendo um livro. Eu tentei ler o título e não consegui. No esforço para tentar um melhor ângulo eu me inclinei para frente de tal forma que não tinha como disfarçar o que eu estava fazendo. Acho que o senhor percebeu e levantou a cabeça para "tentar" me olhar. Digo tentar, pois este senhor tinha um pequeno problema que eu conceituaria como um "too lazy eye", Janio Quadroish, aliás até pior. Ele tinha a capacidade de olhar para o blind spot sem mexer a cabeça... para os dois lados... ao mesmo tempo. Aliás, eu acho que o livro estava em seu blind spot. Com certeza ele deve ter reprovado no road test, pois não tinha como provar que havia feito a tarefa corretamente. Essa imagem veio a minha cabeça como um filminho e sozinho comecei a rir da situação. Quando me dei conta voltei o foco para o senhor novamente e ele ainda estava me encarando... eu acho. Retornei para a minha posição normal e enfiei a cara no bloquinho de anotações para não deixar escapar nada. Porém, o senhor não voltou a ler o livro. Fiquei meio sem jeito e resolvi trocar de lugar. Infelizmente isso não adiantou, pois o velho parecia quadro mal assombrado, qualquer lugar que eu fosse o olho dele estava sempre voltado para mim. O pior, acho que todos no vagão tinham a mesma sensação que eu. Depois desta, parei de bisbilhotar a vida secreta dos livros dos outros e perdi o interesse por leitura dentro do metrô.

Um ponto desagradável que tenho para falar sobre o metrô, mas infelizmente tenho que dizer, são as constantes ocorrências de OVNAs (Odores "Vudidos" Narina Adentro) durante a volta para casa. Essa foi a forma mais educada que encontrei para falar deste assunto. Eu relutei para falar sobre isso, pois muitos acharão grosseiro com razão, mas sem exagero, por dia são identificados no mínimo 3. É melhor que as pessoas estejam preparadas e levem uns lencinhos cheirosos na bolsa, sei lá. Acho que 17:00hs é a hora que o almoço já chegou num ponto sem volta e a quantidade de gente dentro do metrô ajuda a disfarçar possíveis criminosos. Eu já presenciei uma senhora começar a se abanar disfarçadamente por ter identificado um OVNA. Parecia que a senhora iria passar mal, mas ela se limitou aos gestos serenos. Aliás, as pessoas são muito educadas no Canada até nesta situação. Não há qualquer comentário, se fosse no Brasil já teria um engraçadinho gritando: "Meu deus do céu! Se pegar no olho, cega!". Tem algumas situações que se fôssemos calcular o Carbon Footprint (http://www.thegreenoffice.com/carbon/index.php) gerado pelo emissor, a pessoa teria que plantar 10 árvores ao chegar em casa. Outros teriam que sair plantando bananeira já do metrô. Certa vez eu estava sentado do lado de um rapaz e ouvi um barulho aterrorizante vindo de sua barriga. Eu não sabia se era falta ou excesso de comida, mas deu vontade de falar para ele: "meu amigo, o que quer que esteja aí dentro, por favor não deixe sair". Porém, não houve abertura, pois do jeito que ele estava, ficou! Minha única alternativa foi ficar monitorando a evolução da tropa até que chegou na minha estação e consegui sair ileso. Esse foi um dos bons motivos que me levou a acelerar a procura de um carro. Aliás, contarei mais esta aventura na semana que vem, pois este post já está muito grande.

Gostaria de deixar uma última dica por hoje. Ao chegar ao Canadá precisamos tirar o Social Insurance Number (SIN), que seria o equivalente ao Social Security Number nos USA ou o CPF no Brasil. A recomendação é que você só passe este número para o seu empregador e para o banco que vai abrir conta. Porém, é muito comum os estabelecimentos pedirem este número na maior cara de pau. Eu já vivenciei várias situações neste aspecto e minha estratégia é dizer que não estou com ele no momento, não sei o número de cabeça e se precisar depois eu o mando. Porém, nunca mais envio qualquer informação. Fica esta dica importante, pois com seu SIN as pessoas mal intencionadas podem fazer cartões de crédito, abrir contas em banco e outras coisas que podem te prejudicar.

Boa semana a todos.

11 comentários:

Pati disse...

Ótimo texto (as always). É muito bom aprender algumas coisas e rir de muitas outras com vocês. Abraço e tudo de bom!

Carlos ( KK ) disse...

Oi Luciano adorei o post e morri de rir. Mas tem uma coisa nele muito séria que ninguém atenta. Sou da área de TI, e por mais que existam muitos empregos, será que terei realmente a capacidade de arranjar um rápido? E depois para mantê-lo? Essa parte é bem complicada também.... De qualquer forma pelo que vejo, vc é bam mais capacidade que eu.... Boa sorte amigo e continue nos divertinfo com seus posts!

Unknown disse...

Definitivamente você deveria pensar na carreira de escritor!

Wagner (Vancouver)

Andréa disse...

Luciano, tive que me conter aqui no trabalho pra não dar vexame!!! Eu ri tanto com esse post que meus olhos começaram a lacrimejar... fique com medo de alguém vir me acudir, achando que eu estava chorando!!! A-do-rei!! A última parte, do metrô, foi a melhor, sem dúvida! Você merece um prêmio...

Bjs,

Andréa

Unknown disse...

hehehe.. estou torcendo para você não ter que usar tanto a técnica do YES quanto eu tive que usar quando morava nos EUA... hehehehehe.. é cada sufoco!!!!!

Marcelão disse...

kkkkkkkkkkkk... para tudo!! Deu dor de barriga de tanto rir!! Parabéns Luciando! Esse seu bom humor é fantástico!!

Quando vir a Montreal, de um toque!!

Li e Karllus disse...

kkkkk
Sempre muito bem humorado...

Mas a história do Robin e do Super Homem é a mais pura verdade! Já moramos nos EUA e o meu marido sempre comenta sobre isso.

Mas voce nao falou nada sobre a Nanade desta vez!

abraços,

Ernani disse...

Olá Luciano, tudo bem? Acompanho o seu blog há um bom tempo e agora que meu processo de imigração está no final, resolvi abrir meu blog (que era privado por motivos pessoais) e gostaria de colocar o link do seu blog na minha lista de blogs recomendados. Gostaria de saber se você autoriza a inclusão do seu link. O endereço do meu blog é http://pipocaecanada.wordpress.com/. Abraço, Ernani.

Andre Cardoso disse...

Luciano,

Seu post de 13 de junho quase mata a mim e a minha esposa de rir principalmente na parte dos OVNA. Nao pare de escrever e repense sua profissão pois como colunista ou escritor voce poderia fazer sucesso !! Quando chegarmos por ai (Agosto) seria muito bom conhece-los pessoalmente. Andre (andremoysescardoso@gmail.com

Unknown disse...

Fala Lú, como vai tudo bem ?
estamos ministrando o CISSP exam right now (Eu, o Franklin Eufrasio, o Rafael Koike (da Telsinc) e o Eduardo Cabral) e comentamos de seu sucesso e da realização do sonho que Você conquistou, ou seja sair dessa situação medíocre de vida em São Paulo (que com certeza deverá piorar MUUUITO com a eleição da idiota insuportável da marta (com minúsculas mesmo) e partir para uma situação de qualidade de vida real com segurança e tranquilidade e luz no fim do túnel.
Lembrei que a última vez que conversamos pessoalmente foi justamente durante uma prova de CISSP em 2006, se não me engano.
Então, todos ficam com água na boca quando comento de suas experiências e desafios aí no Canadá. Parabéns pela coragem, decisão focada e sucesso no projeto.

Um forte abraço ...

Ricardo

:= disse...

Tive que parar de ler o post no meio para poder terminar de rir!
OVNA foi boa!
O verão de 2007 foi dos infernos e eu sempre dizia pra minha mãe: "O pessoal daqui quando fede é pra valer!"
Eu já tive que mudar de vagão numa estação seguinte por causa dum fedidão!
Bjs